domingo, 16 de agosto de 2015

Para sentir o tempo: escreva!

Hoje eu acordei com muita vontade de escrever, mas era tanto assunto, pensamento, questões na minha cabeça... ideias no meio do caminho que escolhi não finalizar nada.
Agora a noite zapeando pelas páginas de artesanato que acompanho, achei esta imagem...


Perfeito, não?
Parei, um tempo, e fiquei sentindo cada afirmação. E senti falta de uma:

COMO VIVER O TEMPO: UM DIA DE CADA VEZ. AQUI E AGORA

E dai a vontade de escrever voltou, para falar deste tempo tão peculiar que eu estou vivendo...
É possível parar o tempo, ou melhor, sentir que o tempo parou numa emoção/momento, perder um tempo, ganhar um tempo, doar um tempo e dar um tempo...

Eu, de certa forma, estou dando um tempo de mim mesma ou, talvez seja melhor dizer, que estou buscando um tempo novo para mim
Estou dando um tempo da Claudia de ontem, de 5 anos atrás, de 10 de 20 anos...
Dando um tempo de coisas que não me agradam, de modelos que já venceram, de ideias que já estavam tão arraigadas que "quase" me conformo em continuar com elas mesmo discordando em gênero, número e grau..

Como assim me conformar? Jamais!!! Posso aceitar, compreender, me adaptar. Porém,  conformar, é muito para mim. Engolir sem digerir então, é garganta inflamada na certa.

De certa forma sempre fui assim. A minha curiosidade me levou por todo tipo de caminhos, buscas, cursos, perguntas. E a cada nova onda que eu ia, de Yoga à Maias, passando por costura,, leitura dinâmica, balé e mosaico e, e, e, eu dava um tempo da Claudia antiga para a Claudia nova.

Eu cheguei a dar um tempo do meu nome. Eu mudei de nome. Como assim? Eu te conto.

Até os 1995, quase 30 anos, eu era conhecida por Cacá.
Na adolescência versões americanizadas como: Kaká, Kate e variações desse tema.
Foi assim na escola, nos trabalhos, bicos, faculdade.

Meu nome composto era despercebido. Eu me apresentava por Cacá.
No primeiro emprego formal me chamavam de Cacá e até os clientes do banco me conheciam assim. Em outubro de 1995, passei num concurso interno e como "prêmio" ou "desafio" - mais para desafio e agradeço por isto - fui para uma outra área onde conhecia poucas pessoas e teria que assumir uma responsabilidade, digamos assim, um tanto maior.

Sem muita consciência disso tudo, àquela época, no primeiro dia, quando cheguei lá e perguntaram meu nome e disse: Claudia Valeria. (meu nome é sem acento na certidão, ok?!)
Naquele momento, foi fundamental, dar espaço à Claudia Valeria. Foi importante para mim

Dai por diante foi assim e dos momentos positivos e pessoas especiais surgiu a Claudinha.
Acho tão gostoso quando alguém me chama de Claudinha... É como um abraço!

Mas a Cacá, a Kate não morreu não. Ela vive dentro de mim e no meu ambiente familiar.
Em momentos muito íntimos. Tia Kaká então é felicidade pura. É sensação de apoio, de base, de carinho. Continuidade.

 E o que é a continuidade senão a repetição no tempo.
Ah o tempo de novo. Tempo do apelido, tempo do nome composto.
Tempo em que havia o novo e o formal simultaneamente ao intimo e antigo.

O "Aqui e Agora" são muitos e muitas dimensões.
A charada do tempo é não querer viver do passado ou sonhando o futuro.
E crendo nisso, cada dia mais, sinto que é importante dar um tempo da gente todo dia um pouco, para viver o que há de novo. de inusitado.

E nesse processo todo, escrevo. Para sentir o tempo.
Para viver meu tempo. Para organizar meus pensamentos no tempo que tenho.

Que ele seja longo. 96, eu desejo e espero.
E nada mais normal do que viver tantas reflexões no tempo que começo a segunda metade do meu tempo dando um tempo .....

Desejo para todo mundo e pro mundo todo tempos de paz, de mais amor por favor, de sinergia e gentilezas. Tempo de renovação. Tempo de ser feliz!!!
E que todos tenham tempo de fazer o que os faz feliz.

Boa semana

Um comentário:

  1. Cacá... Kate! Sabia que eu não sabia??? Mais um olhar sobre a amiga Claudia Valeria.
    Então Claudinha, gostei do seu texto, reflexivo, intimista. Bem legal!
    Besitos

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