quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Amigo é coisa para se "amar"....

Para quem chegou aqui agora, são 23hs13mim do dia 19/09.

Acabo de chegar de um jantar delicioso e, uso este adjetivo, não pela comida e sim pela companhia. Mas a comida estava supimpa também, não posso negar.
Uma colega de trabalho que se tornou amiga querida da família, chegou aqui ontem, à trabalho. 
Me ligou para dar um oi e já marcamos um jantar, claro.
Eu, ela e marido.
Convidei os amigos em comum. Ninguém podia, uma pena.
Amigos daqui, sem querer ofendê-los (rsrsr) teria sido bom com vocês, mas foi ótimo só com a gente também...hehehehe.

Como é gostoso ter amigos assim.
A gente se conhece desde 1995, trabalhamos juntas um tempo e em 2001 me mudei para cá.
Teria sido normal perder o contato, mas não. Quando a gente tem afinidades o tempo não conta nada.

Em todas as oportunidades que o trabalho proporcionou um encontro nosso, rolava um jantar, um vinho ou algo do tipo.
Ela até já participou do Nhoque da Felicidade!!!! E mais de uma vez se não me engano. (Desse nhoque conto em um próximo texto).

Ela é uma queridíssima, então já viu né? Nestes encontros conseguíamos agregar amigos em comum, sempre uma boa conversa, muita risada e planos... Viajávamos pelo mundo regados a vinho, queijo e massas.
Gente inteira é assim. Vive na paz, na tranquilidade, com sinceridade. Gente assim, agrega.

Graças a Deus, a vida nos presenteia com pessoas assim.
Tenho certeza que você ai, que me lê, também tem destes amigos no seu coração. E é bom, não é?!

É muito bom ter amigos assim. Desses que a gente fica meses sem se falar e quando encontra parece que foi ontem. a conversa corre solta, tranquila, sem frescuras...
Amigo que ri com a gente dos nossos micos, das nossa manias...
Amigos que torcem com a gente, que sonha com a gente...
Amigos que se preocupam com a felicidade da gente, da nossa família.
Amigo que escuta a gente falar do filho como se ele fosse o últimos biscoito do pacote heheheh
Que entra na onda da aposentadoria em Portugual!!!! kkkkkkkkkkk

Ah, Deus, como sou grata pelos amigos que agrega à minha vida!!!
Muita gratidão pela saúde que possibilita o trabalho, que por sua vez viabiliza o lazer, os jantares e o prazer de tomar aquele vinho delicia...Qual era mesmo o nome?!?!?
Festivo. Acho que é isto. Muito apropriado para o momento.

Festiva seja a vida de todas as pessoas no planeta.
Que todos tenham amigos para fazer de uma quarta-feira sem planos uma noite inesquecível de risadas e boas histórias.

E, praticando a orientação das amigas do Coaching Ontológico, que dizem ser importante declararmos os nossos afetos por nós, pelos outros, pela vida, deixo aqui a minha declaração:

A esta amiga, hoje em especial, e todos os meus amigos que me fazem mais feliz por existirem. Para os de longe e de perto, mais frequentes ou nem tanto, da rede, do além mar... Amo todos e a cada um!!!

Sejam felizes e sempre que possível, vamos nos encontrar mais, combinado?!

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Preguiça, preocupação, anemia, dispersão?!

Achou dramático o título?
Eu também, mas é bem a verdade do que estou pensando hoje..

Tem dias, e têm sido frequentes, que acordo com um cansaço medonho.
Desses que dá vontade de ficar quieta o dia todo...
A cabeça fica a mil, pensando nos projetos e coisas a fazer, mas essa sensação não me deixa começar e, sabiamente, a mente vem e se defende: Começa agora não, não vai dar tempo de acabar, melhor deixar para o fim de semana...

Essa tal mente, me mete em cada emaranhado?! Eu acredito nela, deixo pro fim de semana e quando ele chega ela vem e diz que é preciso laser, descanso, enfim.... Olha eu enrolada, me enrolando de novo.

Fiquem tranquilos. A coisa é menos seria do que parece, mas tem sua verdade.
Eu acho que minha anemia não melhorou com a dose de ferro e talvez, por isto, o cansaço e vou fazer o exame para confirmar se é isto mesmo.

Estou escrevendo porque acho importante a gente prestar atenção na gente mesmo. Mulher que trabalha, fora, faz serviço de casa (em menor ou maior intensidade) é mãe e tudo mais, pode ter uma tendência de descartar o que sente em detrimento à atenção aos outros.

No meu caso me sinto muito culpada quando estou com preguiça ou cansada.
Hoje, por exemplo, estou gripada e tô mentalmente exausta - por outras questões.
Levantei tarde, ajeitei a casa, arrumei a cozinha.
Tive um pequeno impulso de começar o almoço, mas olhei o relógio e vi que não dia dar.

Não fiz almoço. Nem para mim. Vou comer o que tiver. Eles terão que comer fora...
Três vivas ao cartão refeição!!!

Mas estou me sentido culpada.
A mente, ou melhor, a outra dimensão dela fica martelando minha cabeça lembrando que eu podia ter acordado mais cedo, podia ter feito algo mais simples, podia ter feito ontem...
Eles poderiam comer melhor aqui... vai gastar desnecessariamente... afff

Que loucura isto!!!
Onde esta escrito que eu preciso dar conta de tudo o tempo todo?! Lugar nenhum.
E porque eu continuo me sentindo culpada  por "modelos" que não tem haver comigo e nem por mim foi criado?
Eu não avalio ninguém por isto e nem critico as amigas, por que ser tão dura comigo mesmo?
Que necessidade é esta de querer ser aceita e valorizada?

Gente isto estressa demais!!!
É só comigo mesmo?!
Acho que não, mas as pessoas pouco se abrem verdadeiramente sobre suas dificuldades e  desentendimentos internos,
Mas eu acho que quando a gente se cala, não nos ajudamos e dai as tais doenças modernas com a ansiedade, depressão e pânico tomam conta...

Ah! e por falar em pânico, hoje tem lançamento do livro Paúra.
Se puder e der conta, vá. Acho que será muito interessante!!!!

"Paúra é um livro que fala do pânico longe dos preconceitos, longe da visão médica, longe das elucubrações de causas e consequências – e bem perto, bem perto mesmo, do que há de mais humano em cada um de nós. Doze pessoas que já passaram por isso compartilham conosco a origem de suas angústias e como o pânico chegou, movimentou tudo e, com sorte, se foi." (Texto da Carol Nogueira do Blog Quadrado ).

Paúra – Um mergulho na síndrome do pânico
Noite de autógrafos e exposição das fotografias e bordados
Terça, dia 18 de agosto, das 18h às 22h
Beco da Grand Cru
412 sul, bloco B, loja 6

domingo, 16 de agosto de 2015

Para sentir o tempo: escreva!

Hoje eu acordei com muita vontade de escrever, mas era tanto assunto, pensamento, questões na minha cabeça... ideias no meio do caminho que escolhi não finalizar nada.
Agora a noite zapeando pelas páginas de artesanato que acompanho, achei esta imagem...


Perfeito, não?
Parei, um tempo, e fiquei sentindo cada afirmação. E senti falta de uma:

COMO VIVER O TEMPO: UM DIA DE CADA VEZ. AQUI E AGORA

E dai a vontade de escrever voltou, para falar deste tempo tão peculiar que eu estou vivendo...
É possível parar o tempo, ou melhor, sentir que o tempo parou numa emoção/momento, perder um tempo, ganhar um tempo, doar um tempo e dar um tempo...

Eu, de certa forma, estou dando um tempo de mim mesma ou, talvez seja melhor dizer, que estou buscando um tempo novo para mim
Estou dando um tempo da Claudia de ontem, de 5 anos atrás, de 10 de 20 anos...
Dando um tempo de coisas que não me agradam, de modelos que já venceram, de ideias que já estavam tão arraigadas que "quase" me conformo em continuar com elas mesmo discordando em gênero, número e grau..

Como assim me conformar? Jamais!!! Posso aceitar, compreender, me adaptar. Porém,  conformar, é muito para mim. Engolir sem digerir então, é garganta inflamada na certa.

De certa forma sempre fui assim. A minha curiosidade me levou por todo tipo de caminhos, buscas, cursos, perguntas. E a cada nova onda que eu ia, de Yoga à Maias, passando por costura,, leitura dinâmica, balé e mosaico e, e, e, eu dava um tempo da Claudia antiga para a Claudia nova.

Eu cheguei a dar um tempo do meu nome. Eu mudei de nome. Como assim? Eu te conto.

Até os 1995, quase 30 anos, eu era conhecida por Cacá.
Na adolescência versões americanizadas como: Kaká, Kate e variações desse tema.
Foi assim na escola, nos trabalhos, bicos, faculdade.

Meu nome composto era despercebido. Eu me apresentava por Cacá.
No primeiro emprego formal me chamavam de Cacá e até os clientes do banco me conheciam assim. Em outubro de 1995, passei num concurso interno e como "prêmio" ou "desafio" - mais para desafio e agradeço por isto - fui para uma outra área onde conhecia poucas pessoas e teria que assumir uma responsabilidade, digamos assim, um tanto maior.

Sem muita consciência disso tudo, àquela época, no primeiro dia, quando cheguei lá e perguntaram meu nome e disse: Claudia Valeria. (meu nome é sem acento na certidão, ok?!)
Naquele momento, foi fundamental, dar espaço à Claudia Valeria. Foi importante para mim

Dai por diante foi assim e dos momentos positivos e pessoas especiais surgiu a Claudinha.
Acho tão gostoso quando alguém me chama de Claudinha... É como um abraço!

Mas a Cacá, a Kate não morreu não. Ela vive dentro de mim e no meu ambiente familiar.
Em momentos muito íntimos. Tia Kaká então é felicidade pura. É sensação de apoio, de base, de carinho. Continuidade.

 E o que é a continuidade senão a repetição no tempo.
Ah o tempo de novo. Tempo do apelido, tempo do nome composto.
Tempo em que havia o novo e o formal simultaneamente ao intimo e antigo.

O "Aqui e Agora" são muitos e muitas dimensões.
A charada do tempo é não querer viver do passado ou sonhando o futuro.
E crendo nisso, cada dia mais, sinto que é importante dar um tempo da gente todo dia um pouco, para viver o que há de novo. de inusitado.

E nesse processo todo, escrevo. Para sentir o tempo.
Para viver meu tempo. Para organizar meus pensamentos no tempo que tenho.

Que ele seja longo. 96, eu desejo e espero.
E nada mais normal do que viver tantas reflexões no tempo que começo a segunda metade do meu tempo dando um tempo .....

Desejo para todo mundo e pro mundo todo tempos de paz, de mais amor por favor, de sinergia e gentilezas. Tempo de renovação. Tempo de ser feliz!!!
E que todos tenham tempo de fazer o que os faz feliz.

Boa semana

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

2.523 palavras para falar da necessidade do silêncio?!


A palavra e a atitude “Silêncio” tomaram a minha mente desde ontem...

Sabe aquela situação em que você diz algo a mais?
Fala desnecessária? Dialogo excedente, me entende?
Pois é. Ontem eu percebi que ando falando muita coisa o tempo todo...

Importante registrar que da minha perspectiva estas falas são necessárias, úteis e certamente colaborativas, do tipo “é para ajudar”, maass eu achar que minha fala é isso tudo de bom, não significa que estou certa, não é mesmo?

Eu creio no direito do ouvinte. Creio sim. É sincero, pode acreditar...
Depois da minha confissão você deve estar pensando exatamente o contrário, e eu lhe dou razão.

A questão é: eu creio mas não freio. Kkkkkk. Rimou, e é isso mesmo.

Percebo que em muitos momentos eu falo “da ferida”, falo daquilo que o outro já viu, mas quer manter em inércia.
Não é visão além do alcance não. É língua solta mesmo.

Bem, passado a experiência de ontem e outras tantas que vieram à minha mente eu quero falar sobre como, quando e porque o tal silêncio.

Para isto é importante entender meu contexto. Tenho marido e um marido e filho de 15 anos.

No dia a dia eu falo do cachorro, do lixo que não desceu, que mau humor é esse? Aconteceu alguma coisa no trabalho? Não arrumou a cama? Estudou?!, celular na mesa?! E a conta? Vai ter comemoração de aniversário? gente ta faltando água no mundo!!! Ligou para fulano? como assim não vão fazer tal coisa ? Você curte tanto, não vai fazer por que?  Qual o motivo da impaciência?! Ta triste com alguma coisa?
Quer conversar?

No meio destas falas do dia a dia. Surgem aqueles que sobram por terem haver com o emocional, com a forma do outro se posicionar no mundo, e, claro, da forma como escolhemos viver de forma tal diferente em situações similares.

Para marido e filho é a mesma coisa. Tem a fala necessária do dia a dia e tem a fala que sobra... Oh meu Deus onde esta o tal silêncio?!??!

Como e quando silenciar?!

Seria ótimo para mim e para quem está a minha volta. Ninguém merece ficar me ouvindo pontuar tudo a todo tempo.

Nem eu dou conta de mim, sério! Mas como entrar no silêncio?!

Deixo a água correr solta? Deixo o outro se envenenar com a impaciência, com a irritação sem pontuar? E quando eu perceber que estão com preguiça de lutar pelo sonho? Deixo quieto? Finjo de morta?!
E a cama? A cama deixa para lá né? Não é a minha mesmo.
E o lixo eu desço.

Resolvido assim?! Eles são tão amorosos, gente boa, responsáveis...
Não precisam de mim falando, falando, não é mesmo?!

E eu não tenho este direito de perturbar. Tenho clareza disso. Sessões de terapia.

A questão é o que faço com a fala que tem vontade de sair?!?!?!? Diz ai:
- Reprime. Reprimir nunca, nem pensar, não quero adoecer!!!
- Enche o saco das amigas. Uma ou duas quintas feiras, mais que isso elas vão parar de me convidar. Não é opção.
- Para de pensar nisto Claudia. Silencia a mente.

Vai viver a sua vida. Vai fazer seu artesanato. Continue amando-os como sempre foi, esteja pronta para ajudar quando for preciso, seja generosa, mas deixe-os livres para viver o que e como quiserem.

Coisa difícil isto, não?!

Diz para mim: Trabalho primeiro e diversão depois?!?!?!

"Deus ajuda a quem cedo madrugada.",
"Quem trabalha sempre alcança"
"Cabeça vazia morada do mal"...
 
É gente, eu não podia parar à frente da TV ou ficar de preguiça na cama que minha mãe chegava com uma dessas...
 
Aos 20 morava com meus pais, estava na faculdade e fiquei desempregada.
Nas primeiras semanas, aproveitei um pouco a liberdade de horário e saia muito após as aulas noturnas. Nesta época não tínhamos ajudantes em casa. Ela cozinhava e eu ajudava na limpeza e vinha uma faxineira por semana.

Minha mãe - creio que por preocupação do ócio destrutivo - fingia não saber que eu tinha chegado em casa na madrugada de sábado e batia na porta as 7 ou 8 horas para me acordar para a faxina.
Sem constrangimento algum.... é.... e enquanto eu não levantava ela não sossegava.
Imagina o humor que eu levantava?! Pior um pouco do que você pensou.
Eu levantava, tomava o café e quando eu começava ela dizia assim: coloca uma música agitada ai para ir no ritmo da música assim você acaba mais rápido!!!

Há há há... affff
Bufando e num mau humor danado eu ia. Tinha que ajudar, dividir o serviço...

Domingo dia de descanso?! Claro que não.
Domingo era dia de limpeza também... Eu reclamava muito  e apelava com o argumento: até Deus descansou no domingo!!!!!
Adiantava?! Nada.  Ela ouvia e me deixava falar sem parar
Eu argumentava o tempo todo enquanto fazia o que ela havia mandado rsrsrsrs
Psicologia reversa eu acho.

Ela não achava ruim de eu sair ou me divertir. Não implicava com nada, porém, sair e me divertir, chegar tarde não eram desculpas para não cumprir minhas obrigações.

Bem, cresci com a noção de que quem não trabalha muito não alcança felicidade e que você precisa sempre fazer muito. Trabalho primeiro e diversão depois.

O ensinamento dela foi ruim? Claro que não!!! Você vai entender no final deste texto.

Até 2010 eu acreditava que tinha que trabalhar mais do que era exigido. Tinha que  ter o tal retorno financeiro. Tudo era responsabilidade minha. Descanso era para fracos. Vendia 1/3 de férias todo ano. Dormia e acordava pensando em trabalho.

Era feliz? Claro. Eu acreditava que isto era ser feliz. Simples assim.

Ocorre que Deus, aquele cara que descansou no domingo, em toda sua sabedoria chamada Vida, me aprontou uma em 2007 e eu mudei meu conceito de felicidade radicalmente.

Me organizei e em 2010 entreguei minha função. Perdi 40% do meu salário e reduzi minha carga de horas em duas horas que, na prática, parece uma redução de 8 horas ou mais...

Junto com a minha mudança veio junto a tal "crise de ansiedade"...

Dai você me pergunta: Uai, se você mudou tudo e estava feliz porque a crise de ansiedade????  
Porque eu não sabia lidar com o vazio que ficou após a mudança.
A falsa felicidade até então, ocupava um espaço muito grande na minha cabeça.
Quanto saiu a loucura do trabalho começaram a surgir questões como: o que eu gosto de fazer? o que me traz satisfação? o que vim fazer nesta vida????
Dai a falta de respostas te assombra e a crise de ansiedade se instala.

Eu optei por fazer um tratamento homeopático porque acredito que é possível.
Respeitei os momentos em que era necessário parar.
Me abri com os amigos para que me compreendessem melhor e assim me ajudariam melhor também. Pedi ajuda quando precisei.

Mas sabe o que salvou??? O Trabalho.
Encontrar o equilíbrio no trabalho que faz a gente feliz.
É isso mesmo. Trabalhar com o que gostamos, com o que faz sentido para nossa vida também salva.

No meu caso, em termos de atividades executadas, acho que trabalho mais hoje do antes de 2010. Mas faço o que eu gosto. Faço o que me realiza.

Tenho a minha carga na empresa. Meus trabalhos artesanais. Sou síndica do prédio e mesmo que não seja muito, faço algumas coisas da casa também.

Como a minha mãe me ajudou então?!?!
O excesso de trabalho dela e a crença de que trabalho vem primeiro me ensinou a realiza-lo, a não ter preguiça, a entender e refletir a ordem das coisas.

O que aprendi, diferente dela, é que não há o primeiro e o depois.
Aprendi a trabalhar no tempo e na medida que é preciso e me divertir no tempo e na medida que preciso. Sacou. E nem sempre descanso aos domingos kkkkkkkk

Eu aprendi o equilíbrio. Eu aprendi que produzir me faz sentir realizada.
Nem tudo é dinheiro. Menos é mais. 

Eu aprendi que quando a ansiedade quer voltar e começa a dar sinais é preciso levantar do sofá e fazer alguma coisa. Aumentar o som da música.
Trabalhar, principalmente com as mãos.
Os trabalhos artesanais têm sido minha alegria e minha salvação...

Valeu mãe por me ajudar a ver o trabalho como parte importante da minha vida....
Afinal você nunca disse que eu tinha que sofrer com ele não é mesmo?!

Para pensar sobre velhice, renovação e "nova-idade"....

Boa noite, tudo bem?
Eu vou bem. Não nos meus melhores dias, mas tudo bem, apesar da coluna estar doendo a ponto de andar feito pata e querendo ficar o dia inteiro deitada.

Marido também está com as pernas doendo (série nova na academia) e por isso disse que estamos parecendo dois velhos!!!!
Meu corpo responde de forma diferente aos 47. Isto eu entendo.
Mas parecer dois velhos?!?!?!? Isto eu não aceito.
Velhice é estado de espirito. E meu espirito tem uns 18 ou 21.

"Tô" toda doída porque extrapolei cortando papelão cinza toda torta num pedacinho de mesa, sem cuidar da "dita ergonomia". Depois do corte, piquenique sentada de qualquer jeito e uma friagem danada da grama; Para ajudar - sqn - resolvi dormir de camiseta. Esfriou de madrugada eu travei toda.

Mas velha eu não sou. Não sou mesmo. De jeito nenhum. Ponto.

Tenho um tanto mais de preguiça para certas coisas como: muita gente e pouco espaço e carnaval na Bahia. Tenho um gosto por lugares menos populosos, cadeira para sentar, mesa para comer, não virar madrugada acordada na rua...coisas desse tipo, entende?! Velha eu não sou.

Não gosto de bar onde é preciso brincar de "telefone sem fio" para saber o que  pessoa lá da ponta da mesa falou, Ninguém merece, me entende?!´

Mas isto não é velhice.
Isto são escolhas que faço para viver o meu estilo. A minha qualidade de vida!.

Mas, um coisa eu ando penando, experimentando e adorando: Conviver com gente mais nova que eu. Gente bem mais nova que eu.  Genteeeee, isto é maravilhoso, acreditem!!!

No meu trabalho, nos últimos anos houve uma renovação total. Chegou gente nova de área, nova de  de casa e nova de idade, em combinações diversas.
Os "dinossauros" como eu (com 47 quase 48 anos de idade, 26 de empresa e 14 de área) somos minoria. Já fomos soberanos em outros tempos rsrsrs Donos do pedaço!!!
Hoje em extinção rsrsrsrs.

Dessa "gente" toda o universo cuidou de aproximar as afinidades e ganhei uma irmã a "Sys", uma filha e muitas sobrinhas. Sim, eu poderia ser mãe ou tia de várias delas. De verdade.

Mas para mim todas estas pessoas são uma renovação. Adoro ouvi-las conversar, entender as gírias do momento, ouvir o que elas pensam sobre determinado assunto...
Gente mais nova tem um frescor que eu admiro e não quero perder...
Me alimento na diversão e no sorriso delas....

Tem as jovens casadas, já separadas, mães admiráveis que, 15 anos mais novas que eu, já enfrentaram muitas barras e, apesar disto, vivem estes "papeis" de forma muito inovadora para mim.

Elas me estimulam a pensar diferente, a agir com mais leveza, me mostram um mundo que a tal idade, responsabilidade, modelo, rótulos, educação, enfim me fizeram deixar na sombra...

Eu li uma matéria sobre um casa de idosos que está hospedando alunos de intercâmbio e uma outra que implantou uma creche no mesmo espaço e, nas duas percebeu-se uma melhora significativa na saúde e na renovação de comportamento dos idosos.

Eu estou começando a segunda metade da minha vida e posso dizer que isto faz mesmo todo sentido. Gente mais nova que a gente agrega, renova e ensina.
Basta ter coração e ouvidos abertos para o novo e desejo de conviver bem com esta possiblidade de renovação. Abrir possibilidades, entende?!

Eu estou me renovando com os amigos do trabalho, mas já estou construindo um caminho para que os amigos do filho adolescente se sintam bem e acolhidos aqui em casa, afinal uma renovação de 30 anos terá uma renovação ainda mais impactante, não acham?

E você? Anda restringindo muito seu ciclo de amigos? Pense nisto!! 

Sobre amar e ser feliz...

A vontade de escrever bateu de novo...
São 12:16 hs agora. Acabei o banho. Tenho que almoçar e sair para o trabalho antes das 13:00 hs. Tenho, então, 30 mim para escrever, ou melhor, tirar da minha cabeça o pensamento que a ocupa desde ontem...

Ontem vi e olhei nos olhos de Sri Prem Baba...
Não sei que "rótulos" ele carrega - é possível encontra-lo na redes, se quiser - mas sei dizer como o vejo..
Para mim Sri Prem Baba é todo sorriso e alegria... aquela alegria que mãe sente quando o bebê filho descobre que tem pé ou quando dá a primeira gargalhada diante das nossas caretas ou do nosso dialeto infantil...
aquela alegria que a gente sente quando realiza um sonho, anda de bicicleta sem rodinha, conhece um lugar mágico ou quando come o prato preferido.

12:23 hs. Não posso pensar muito.

Sri é paz e sossego. Sri não é ansiedade. Ele é paz de colo de mãe,  de noite no mato. Paz de espirito.
Ele fala de amor e de amar. Mas não está falando do ato de declarar amor, de falar que ama, escrever que ama... cantar que ama.

Ele fala de amar, verdadeira e sinceramente. Amar sem esperar trocas, sem impor condições..
Ele fala daquele amor que faz você feliz.. Amor que leva pra longe a tristeza, que afasta agonias, amor que completa tanto que não sobra espaço para criticas, rabugices, reclamações.
Amor que permite a aceitação...

Não é amor "Poliana" não. Ao contrário, é amor que fortalece, que joga a gente para frente, que faz brotar da gente o que há de melhor na nossa essência...

Ele fala de amor que liberta. Eu entendo, Mais que isso, creio que compreendo.
Já amei ao ponto de reconhecer que apesar de amar e conviver por sete anos - do jeitinho que ele era - não seriamos felizes juntos. Eu o amei, melhor, o amo até hoje mas não era eu o seu par e vice-versa.
Ambos amamos outras pessoas hoje e somos felizes assim. Nos encontramos em outros amores, em outras essências. E isto se foi...20 anos atrás.

Eu entendo o amor que liberta. Sou a única filha da minha mãe, que teve quatro, e sou a caçula. Natural que convivêssemos próximas e que a distância fosse algo difícil para nós ou mesmo impensável para algumas famílias. Na nossa família não. Quando lhe disse que pensava em mudar, com marido filho e o neto de 2 anos, mas que a distância era um fator difícil, ela me disse: vai ser feliz minha filha, ficar aqui por perto sem realizar seus sonhos não a fará feliz e se você não estiver feliz eu também não estarei...

Eu entendo o amor que aceita a despedida. Vi e vivi o momento de desencarne do meu pai. Eu e ele sozinhos no quarto. Muitas enfermeiras transaram por ali naquele momento, mas nem as vi. Eu e ele, de mãos dadas e eu me despedindo, agradecendo e acreditando que do "outro lado" seres amados estavam esperando por ele...Eu não sofri. Eu o sinto por perto sempre e com o mesmo amor...

Mas tem uma coisa que não entendo. Porque é preciso pessoas rodando o mundo, se especializando, palestrando para falar de amor.... Porque a humanidade, ou parte dela, ainda acha piegas falar de amor... de essência...de doação... Coisa de bicho grilo!!!!

Porque a intolerância? Por quê????

Quero escrever mais sobre isto. Mas são 12:43 hs e preciso almoçar. Na verdade quero, desejo.
Eu bato ponto e minha chefe vai ver isto. Mas há amor entre nós, eu sinto. Eu vou ficar devendo alguns minutos, mas eu amo meu trabalho, então compensaria com a mesma intensidade.

Então paro aqui com dois desejos:
Comer o almocinho da Santana, meu anjo da guarda, que amo verdadeiramente e o desejo que o amor que liberta faça parte das nossas vidas cada vez mais e mais....

Mais amor, por favor!!!

Vô e Vó são mais que especiais. São exemplos...São sementes

Bom dia para todos e, em especial, para as vovós que circulam por aqui!!
Este fim de semana voltei de férias com vontade de escrever...
E com o Dia da Vó me deu vontade de compartilhar um pouco da minha experiência de filha, mãe e Tia-avó.

Vamos lá. Cheguei de viagem e como de costume liguei para minha mãe, marido ligou para sogrinha e atualizamos as notícias. Quando a gente mora longe da família é importante ter este cuidado em manter contato, sempre.

Ontem no dia da Avó quem ligou para elas foi meu filho.
Ele tem 15 anos. Sim, 15 anos.
Ligou para minha mãe e para minha sogra. Sem muita conversa, ouviu mais que falou, mas ligou.
Eu, como todos os anos, o lembro de ligar assim como faço em todas as datas de aniversário...
Eu lembro, mas não preciso mandar. Não é uma ordem.
Ele liga porque reconhece a importância do contato, do quanto elas amam ouvir a voz dele e, principalmente quão felizes elas ficam quando ele declara que as ama.
E fala gente, com 15 anos, ele fala que ama com uma facilidade e sinceridade admirável..

Resultado da educação, da personalidade?! Eu não sei.
O que sei é que aqui em casa falamos, com muita facilidade, dos nossos sentimentos.
A gente fala que ama, pede um tempo quando tá chateado, ri junto, faz piada de tudo, não temos tabu em falar dos nossos amores que já partiram...
E do mesmo jeito que declara amor, saudade e tudo mais de bom é possível, e permitido, dizer:
- Você tá chato hoje hein? Dá um tempo vai! Não tô afim de conversa... ou um Apelou perdeu!!

Ele e o pai brincam de brigar, trocam "chacotas" se apelidam o tempo todo...rola um bullying caseiro.... E tenho que admitir que o pai é o alvo mais frequente rsrsrs.
Eu também não escapo e nem o filho

Porém, tudo isto acontece na energia do amor, da confiança, da liberdade e da convivência em família e, em momento algum retira a autoridade dos meus "nãos" e dos limites que são precisos na educação dele.

E, porque estou falando disto tudo junto com o Dia da Vó?!?!?
Porque acho, sinceramente, que parte desta colheita tem haver com uma semente que plantamos a tempos atrás.
Eu e marido sempre consideramos muito importante o convívio do nosso filho com os avós. Quando a gente morava na mesma cidade ele ficava para dormir, passava o dia com eles nas condições e do jeito que o avós quisessem. Nestes momentos, fazíamos questão de não impor regras, modelos, receitas ou qualquer coisa do tipo. Com avós era permitido tudo: picolé antes do almoço, banho de chuva, bolo de chocolate, dormir na cama com o vô, diversão, amor...

Os nossos tios e amigos dos nossos pais eram avós também e assim o ensinamos a trata-los. Sempre contando a ele as histórias que tínhamos vivido com os nossos avós ou com a ausência deles.

Organizávamos viagens com os avós, passeios enfim. Levamos vovó no primeiro dia de aula, na primeira competição de natação e em todos os eventos possíveis.

Quando mudamos para outra cidade, parte das férias dele era com eles, sem a gente, e dividindo o tempo igualmente entre as famílias, para não rolar ciúmes, porque rola...

Sabe o que ganhamos com todo este cuidado? Um filho amado, muito amado por vários avós.
Avós de sangue, de coração, avó tia, avó vizinha...
E filho amado é feliz. E quando o filho é feliz a gente se sente transbordar de gratidão.

Então, se posso deixar aqui um conselho: não prive seu filho da convivência com os avós. Não estou dizendo para transferir os cuidados e as responsabilidades. Digo, convívio mesmo. E, quando deixar seu filho com eles não estabeleça regras demais ou limites demais. Seus pais o criaram e farão ainda melhor com os netos. Dê liberdade a eles para se amarem e, principalmente, de forma igual, isenta e compartilhada entre as duas famílias. Ah, importante: deixe aquele casal vizinho que já criou os filhos e mora só serem vovó e vovô também...mesmo que seja apenas no "Bom dia vovó!!!"

Restrições e pré-conceitos sociais não geram convivência e sim afastamento, mas isto é assunto para outro texto rsrsrsrs...